Entenda os impactos e saiba como utilizar os 3Rs.
A geração descontrolada de resíduos e o tratamento ineficiente destes são problemas que afetam quase toda metrópole. O uso crescente de produtos industrializados e embalados acarreta severas consequências para a população e para o meio ambiente. É uma situação em que a relação entre a produção de bens de consumo x tratamento de resíduos que não se equilibra, afetando, desta forma, todo o ecossistema do planeta. Para enfrentar este desafio recomenda-se as práticas saudáveis de consumo – os 3R: reciclar, reutilizar e reduzir. Mas isso será o suficiente resolver um problema dessa magnitude?
Conforme alerta feito durante o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a tendência para os próximos cem anos é preocupante. O Painel é pessimista em relação aos impactos das mudanças climáticas no planeta, indicando baixa na biodiversidade, queda drástica na produção agrícola, movimentação entre populações e aumento do nível do mar, entre outras ameaças.
Esse processo só será revertido se as sociedades tomarem consciência rapidamente da gravidade da situação, criando produtos mais sustentáveis, promovendo o consumo responsável e tratando adequadamente alimentos e objetos descartados.
A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) é um passo importante nessa direção. Ela enfatiza a necessidade de os geradores de resíduos serem responsáveis por seu tratamento. Ela vê como obrigação a prática de todos os geradores de resíduos sólidos gerenciarem de forma sustentável sua produção/geração, com uma contrapartida positiva para aqueles que colaborarem com a geração adequada. O objetivo final é acabar com as montanhas de resíduos espalhadas pelo país, aplicando aos geradores que não se preocupam com a destinação final de seus resíduos punições como taxas de serviço.
Iniciativas como esta, aplicada pela PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), nos mostram o caminho correto. Priorizar a reutilização e dar um destino correto para o que não se pode transformar novamente prolonga a existência de nossos recursos naturais, contribuindo para a diminuição de geração desenfreada de resíduos. Essa lei é de fundamental importância para o gerenciamento de resíduos sólidos. Além disso, é fundamental implementar ações coletivas para conscientizar a população sobre o problema. Juntos podemos fazer a diferença e mudar essa pesada herança representada pelos resíduos sólidos sem destinação adequada.
Caio Eduardo A. P. F. Oliveira
é graduado em Marketing e possui MBA em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. Implantou projetos de grande porte nas áreas de Educação, TI, Mobile Marketing, Inovação e Engenharia. Atua como gerente de Negócios e Operações na Solum Ambiental, segmento de produção de máquinas e equipamentos para tratamento de resíduos industriais e hospitalares. Participou do processo de obtenção da primeira Patente Verde do Brasil e outras certificações.